Dinâmica Mental Consciente/Inconsciente


Dinâmica Mental Consciente/Inconsciente
A Avida mental pode ser definida pela atuação do Consciente e Inconsciente, relacionando-se entre si, interagindo com o seu meio interno psicobiológico, com o meio externo ambiente, com os demais Seres vivos e, dentre estes, os outros humanos com os seus Conscientes e Inconscientes. Dos mais de 80 bilhões de neurônios que se estima ter o cérebro, parte deles constitui o Consciente e outra o Inconsciente. Como já falamos os neurônios que formam o Consciente, criam a Mente Consciente, que representa a Razão, a Racionalidade, o Bom-Senso, a Vida social, o Humanismo, etc. Enquanto que os neurônios que formam o Inconsciente, criam a Mente Inconsciente, motivadora da Irracionalidade típica dos animais inferiores, como a agressividade, a violência, a ausência do Bom-Senso, a Imaturidade, a fome, a sede, a digestão; enfim, todos os estímulos automáticos necessários à vida biológica.
Os neurônios do Consciente começam a gravar os fatos reais da natureza e do meio ambiente, após o nascimento, através dos cinco sentidos; apesar de já virem com gravações de acontecimentos dos últimos  meses da gestação. É através dessas gravações que se estrutura a Vida Consciente, com as suas múltiplas e incontáveis interações com o que foi gravado na vida intra-uterina com o que será gravado do meio ambiente externo, por toda a existência da pessoa. Estamos sendo muito repetitivos; mas nunca é demais lembrar os mecanismos que levam ao nascimento e a evolução destas duas partes da Mente, para que não nos esqueçamos da importância dessas duas atividades mentais na vida de cada um e as suas conseqüências no Meio Ambiente e nas vidas de todos os humanos.
O Inconsciente
Nas primeiras fases ou etapas da gestação, surgem os primeiros neurônios que irão formar o Sistema Nervoso, cuja estrutura mais importante é o Cérebro, que é o que nos interessa aqui. Como essas células têm como característica principal a gravação de dados (estímulos), obviamente iniciarão gravando os acontecimentos do meio em que estão inseridas, que é o ambiente intra-uterino. Deste modo, tais gravações serão os componentes iniciais da Vida Inconsciente (o Inconsciente) de cada Ser Humano. Como o embrião está isolado do mundo exterior, é claro que a sua vida mental se restringirá à vida psicobiológica de sua mãe. Ele gravará o estado mental da gestante com as suas imensas e incontáveis implicações psicossomáticas decorrentes disso, tanto para a mãe como para ele. Uma gestação é sempre um período crítico, com a mãe sofrendo mudanças de toda espécie em sua psique, como temores, ansiedade, pressões de outras pessoas e demais turbulências da vida moderna. Haverá mudanças biológicas, físicas e químicas que afetarão, mais ou menos, a "mente" inconsciente da pessoa em formação. Por mais normal que seja uma gestação, jamais será isenta de eventos negativos que irão influenciar a vida presente e futura do Ser. Esse, é o nosso "pecado original". Não queremos afirmar que toda criança se tornará um adulto problemático. Basta que se neutralizem tais "cargas negativas" com uma sadia alimentação e uma boa educação à mãe e ao filho, desde o seu nascimento até a idade adulta. Como este tipo de educação está sendo desprezado e abandonado pelos pais e educadores do mundo inteiro, estamos presenciando um número crescente e assustador de pessoas imaturas, incompetentes e frustradas que geram irresponsabilidade pessoal e social, com a agressividade e violência que estamos vendo na atualidade universal.
O Consciente
Como acabamos de ler, a criança ao nascer tem em sua mente apenas o Inconsciente com a gravação das ocorrências na sua vida pré-natal, ou seja, é a memória uterina. Nesse tempo em que esteve totalmente dependente da fisiologia e do estado psicológico da mãe; o embrião e feto estiveram alheios e isolados (como deveria ter estado) da realidade do Mundo. Entretanto, ao sair do útero, ele vai tomar ciência (conhecer) da realidade física e psicológica desse Mundo, através do tato, da audição, da olfação, do paladar e da visão, que aos poucos vão se descortinando para lhe proporcionar, com a gravação e armazenamento dos fatos reais do Meio em que vai viver, dando-lhe uma nova perspectiva de vida: a sua Consciência...O seu Consciente! Na atualidade, com as dificuldades crescentes de toda ordem, esse início de gravação dos estímulos ambientais, torna-se negativo também, com o acúmulo de estímulos prejudiciais ao futuro da criança e de todos nós, com a gravação negativa causada pelo sofrimento do desconforto físico, pela carência material e psicológica, a sua aceitação ou rejeição pelos pais, o estado de pobreza material, cultural, além do ambiente agressivo ou violento que pode existir em seu meio familiar. Repetindo o que já dissemos, vamos encontrar a criança no início da formação do seu Consciente, que deveria ser sempre forte para neutralizar os impulsos negativos do seu Inconsciente, que vierem a acontecer em toda a sua existência; bem como, saber se comportar diante das investidas dos Conscientes e dos Inconscientes de todas as pessoas que encontrar pela frente. Serão milhões de Conscientes e Inconscientes desestruturados e enfermos que o novo Ser terá que saber (ou não saber) lidar durante a sua vida, de acordo com a competência do seu Consciente! A sobrevivência dele, do Planeta e de todos nós, depende desse seu Consciente e dos outros 7.000.000.000 de Conscientes... por enquanto!
Se os cuidados com a criança forem reconfortantes e positivos por aqueles que a cercam, ela terá um Consciente forte e bem estruturado, graças às gravações de acontecimentos gratificantes, positivos e úteis, com condições de neutralizar as cargas negativas que estiverem gravadas em seu Inconsciente, que ainda a controla quase totalmente. Se o ambiente familiar não for confortador e positivo, aí teremos mais cargas negativas, desta vez captadas também pelo seu Consciente que por não saber ainda lidar com os estímulos negativos e traumatizantes (sofrimentos, decepções, dores, frustrações, etc.), ele vai repassá-los  para o Inconsciente, a fim de lá "escondê-los" e "fazer de conta" que eles não mais existem para não sofrer novamente, toda vez que os mesmo lhe venham à memória. São inúmeras e complexas as ligações Conscientes e Inconscientes do neonato com os familiares, parentes e amigos. Ele vai se relacionar com o pai, mãe, irmãos, avós e outras pessoas que possam conviver com a sua família. Imaginemos que todas essas pessoas passaram por uma gestação positiva ou negativa; que têm, também, Conscientes e Inconscientes; que alguns deles possam lhe causar desgosto! Desgosto para o Inconsciente é tudo que impede o seu prazer. Por sua vez, os pais da criança não vão deixá-lo fazer o que ele quer para preservar a sua vida, como por exemplo: brincar com lâminas, com tomadas elétricas, fogo, explosivos e outras coisas perigosas. Mas, ele ainda não tem a capacidade racional (papel do Consciente) plena para analisar as proibições paternas e, então, ficará frustrado. Como a frustração é a origem da agressividade e da violência, a criança ficará agressiva contra aquele (quem quer que seja) que o privou de ter o prazer de brincar (com fogo, eletricidade, etc.). Um irmão que essa criança "destronou" da posição de caçula vai vê-la como causadora do seu "abandono" pelos parentes e amigos da família que agora tem outro "reizinho" para adorar. Assim ele vai considerá-la, inconscientemente, um inimigo que deve destruir a fim de ela voltar a ser o foco anterior das atenções de todos. Neste contexto, cada membro de uma família carregará consigo, gravadas em seu Inconsciente, cargas negativas que irão se projetar sobre os demais familiares. Desta forma, cria-se um clima que consideramos "guerra familiar inconsciente", onde cada um amando o outro (conscientemente), procurará destruí-lo de forma inconsciente.


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